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Declaração foi feita durante a abertura do Fórum de Saúde e Previdência da ABRH

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2021 – O Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, participou nesta quarta-feira, dia 28, do painel de abertura do Fórum de Saúde e Previdência, realizado remotamente pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ). Tendo os impactos da pandemia na gestão de saúde pelas áreas de Recursos Humanos nas empresas como tema central, o painel de abertura também contou com a participação do Presidente da ABRH, Paulo Sardinha, e do Diretor-gerente da Bradesco Saúde, Flávio Bitter, que foi o moderador.  

O Presidente da CNseg iniciou sua participação apresentando um panorama do mercado de saúde suplementar, que ao longo dos últimos 12 anos cresceu muito acima do PIB, em um movimento contracíclico, em reação às dificuldades de acesso à saúde pública. Nesse período, disse ele, também ocorreu um aumento dos custos do financiamento da saúde gerado, entre outros fatores, pelo “formidável desenvolvimento da tecnologia em saúde” e pela reorganização da cadeia de recursos, que mudou o foco da atenção primária à saúde para a secundária e terciária, gerando um embate em relação aos custos entre o segmento que financia (as empresas) e os prestadores de assistência (as operadoras de planos de saúde).

Entretanto, lembrou Coriolano, o aumento dos sentimentos de finitude e de aversão a riscos gerados pela pandemia fizeram com que a população adotasse um padrão mais elevado de preocupação com a saúde e a vida e as empresas redobrassem a preocupação com a saúde de seus funcionários.

Diante desse impasse entre a preocupação com a saúde e a dificuldade de seu financiamento, o Presidente da CNseg propôs a busca de soluções que “integrem toda a cadeia produtiva da saúde”, inclusive os contratantes de planos coletivos, destacando algumas medidas necessárias, como uma maior racionalidade na incorporação tecnológica na saúde; uma maior atenção à saúde básica e à promoção da saúde; a revisão do modelo de remuneração de prestadores, valorizando a efetividade; e a revisão do marco legal do setor.

Ele também lembrou que a catástrofe da pandemia é uma entre outras que precisam ser enfrentadas, citando como exemplo a crise ambiental e destacando também a necessidade de preocupação com os fatores ASG (Ambientais, Sociais e de Governança).

Concordando com o Presidente da CNseg, o Presidente da ABRH afirmou que o retorno à estabilidade passa pela integração de todos os atores da cadeia de saúde e que os departamentos de RH são os melhores interlocutores para construir as pontes necessárias para a superação da crise da melhor maneira.

Paulo Sardinha também disse que os RH das empresas terão um papel muito mais abrangente em relação ao cuidado com a saúde dos funcionários, deixando de se preocupar exclusivamente com a gestão do plano de saúde da empresa e com o SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho). “Não vejo mais como possível avaliar os planos de saúde apenas em relação a custos”, afirmou, complementando que o conceito de saúde precisa ser encarado de uma forma ainda mais ampla e as empresas também precisam se preocupar com o que acontece “fora de seus muros”, pois as organizações são diretamente impactadas, por exemplo, pelo histórico dos indivíduos em relação a saúde e educação, lembrando também que atitudes individuais podem colocar em risco toda a coletividade.

Evidenciando um alinhamento de ideias, o Presidente da CNseg, que disse se considerar também um gestor de RH, visto comandar uma organização com cerca de 200 funcionários, acrescentou outras questões que devem estar no radar dos RH, como a necessidade de um conforto social e a preocupação com a poluição e até com o lixo nas ruas. “As área de RH terão que ser vistas, daqui por diante, mais que tudo, como agentes de transformação da vida das pessoas”, concluiu.

Sobre a CNseg

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