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Desempenho da economia impacta os seguros de modo diverso 

·         Destaque positivo para Danos e Responsabilidades com avanço de 5,7% no acumulado do ano 

·         Se comparado ao mês de outubro de 2020, o setor de seguros cresce 2,8% em novembro 

·         Seguro de Automóveis apresenta alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês de 2019 

·         Seguro rural cresceu 31,1% nos 11 meses do ano 

Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2021 – A análise de desempenho do setor segurador realizada pela CNseg – Confederação Nacional das Seguradoras mostra que a arrecadação de prêmios totalizou R$ 242,9 bilhões no acumulado do ano até novembro, decréscimo de 0,2% comparando-se com o mesmo período de 2019. Nessa comparação, as apólices de Danos e Responsabilidades puxaram o mercado para cima, com avanço de 5,7%. O viés de baixa setorial prevaleceu em virtude da retração do segmento de Cobertura de Pessoas (-2,3%) e dos Títulos de Capitalização (-3,5%). Já na análise de 12 meses móveis fechados em novembro, a arrecadação foi de R$ 269,6 bilhões, alta de 0,8%, em relação ao último período equivalente encerrado em novembro de 2019. No mês de novembro último, a receita total foi de R$ 22,9 bilhões, evolução de 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, e de 2,8% na margem (sobre outubro).  

“Confirmando o histórico desde 2018, a crise recessiva impacta de modo diverso os diferentes ramos de seguros, eles mesmos caudatários do comportamento da produção, da renda e do emprego nos segmentos da economia demandantes de seguros, de previdência privada e de capitalização”, analisa o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em editorial da edição nº 36 da Conjuntura CNseg, publicada pela Confederação Nacional das Seguradoras, disponível na íntegra em cnseg.org.br.  

Carro-chefe do segmento de Danos e Responsabilidades, o seguro de Automóveis apresentou alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 3 bilhões em prêmios. Contribuiu de forma significativa para a produção mensal de prêmios nesse segmento, que alcançou R$ 6,6 bilhões em novembro – salto de 11,5% sobre o mesmo mês do ano anterior. Mesmo assim, a carteira de Automóveis teve perda no acumulado do ano, de 3%, em relação à igual período de 2019. E de 2,5% na média de 12 meses encerrados em novembro, quando comparado ao período equivalente encerrado em novembro do ano passado. De janeiro a novembro de 2020, a receita do seguro Automóveis alcançou R$ 31,7 bilhões e, o segmento de Danos e Responsabilidades como um todo, R$ 71,1 bilhões.   

Algumas modalidades apresentaram um comportamento extraordinário em termos de arrecadação no acumulado do ano. Entre os exemplos, Marítimos e Aeronáuticos, com alta de 45,5%; Rural, 31,1%;  Responsabilidade Civil, 20,8%; Crédito e Garantia, 15,6%; Patrimonial, 10,3%; e Habitacional, 7,8%.  

No segmento de Cobertura de Pessoas, embora tenha crescido 8,9% comparativamente ao mês anterior, perdeu arrecadação equivalente a 3,8% contra o mesmo mês de novembro do ano passado, acabando então por apresentar taxa negativa de 2,3% no acumulado de janeiro a novembro.   

Dada a participação de mercado, R$ 151 bilhões no acumulado do ano (mais do que o dobro da de Danos e Responsabilidades), o desempenho das apólices de Pessoas afeta o resultado geral. Se no conjunto de Planos de Risco (Vida, Prestamista, Viagem, entre outros), a taxa acumulada positiva, agora de 4,4%, os Planos de Acumulação (VGBL e PGBL) acumularam perda de 4,5% no ano.   

Já o segmento de Capitalização, com arrecadação até novembro de R$ 20,9 bilhões, houve avanço nas receitas no mês, de 4,4%, mas perdas nominais líquidas de 3,8% comparado com idêntico mês de 2019 e de 3,5% no período acumulado de janeiro a novembro.  

“No acumulado do ano contra o do ano anterior então a tendência também deverá ser de estabilidade e caso haja crescimento incremental de 2% de dezembro contra dezembro de 2019, o ano fechará no mesmo patamar nominal de arrecadação”, avalia Marcio Coriolano.  

Nesta edição, duas seções – Economia Brasileira e Análise de Desempenho – aprofundam uma visão das conexões entre a economia e o setor de seguros. O texto da conjuntura econômica destaca que os estímulos fiscais concedidos colaboraram para uma queda menos pronunciada do PIB em 2020 – de 10% para algo abaixo de 5% – mas produzem o risco de reduzir o crescimento potencial nos próximos anos, ao impactar as contas públicas, que são o maior problema do País.  

A busca de reequilíbrio fiscal, diz o estudo, dependerá de um cronograma assertivo de diversas reformas, e, sobretudo, de um programa de vacinação em massa tempestivo.  Mesmo com uma segunda onda da Covid-19, em curso em diversas nações do mundo, a extensão das medidas emergenciais podem ser decisivas a curto prazo, mas podem comprometer o crescimento futuro. Ou seja, quanto maior o estímulo, menor tende a ser a projeção de crescimento ao longo do tempo. 

De certo modo, os movimentos cíclicos da economia são reproduzidos no desempenho do seguro.  É o que demonstra a nova Análise de Mercado, ao se debruçar sobre os números do setor em novembro.  O resultado de novembro, mesmo tendo crescido apenas 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, é um sinal importante de que a arrecadação de prêmios está mais perto de fechar o ano estável, uma notícia positiva em um 2020 em que a grande maioria das atividades econômicas marcha para fechar no vermelho, dada a intensidade da crise gerada pela pandemia.   

Sobre a CNseg  

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem o setor, reunidas em suas quatro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap). A missão primordial da CNseg é contribuir para o desenvolvimento do sistema de seguros privados, representar suas associadas e disseminar a cultura do seguro, concorrendo para o progresso do País. 

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