Nova edição da Conjuntura CNseg constata alta de dois dígitos na arrecadação de prêmios por dois meses consecutivos
Rio de Janeiro,16 de setembro – Um crescimento de dois dígitos na margem repetido em julho foi suficiente para a arrecadação de seguros reaver as médias de prêmios anteriores à eclosão da pandemia. Em julho, a receita somou R$ 26,6 bilhões, alta de 14,3% sobre junho, quando o setor crescera 32,9% na margem (sobre maio). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a arrecadação de julho também teve evolução de 4,4%, um indicativo a mais da reação do mercado.
“Com esse resultado positivo, a arrecadação de prêmios de seguros no mês colocou o setor em patamar equivalente ao período imediatamente anterior à pandemia da Covid-19 (dezembro/ 2019 = R$ 26,7 bilhões)”, explica o Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Marcio Coriolano, no editorial da nova edição da Conjuntura CNseg (nº 28).
Segundo ele, a recuperação de alguns dos indicadores econômicos importantes refletiu-se positivamente nos negócios das seguradoras, ainda que essa retomada permaneça heterogênea entre as modalidades e ramos de seguros.
O comportamento firme de julho, contudo, não paralisou a trajetória de queda no acumulado do ano. Comparando-se aos respectivos períodos, a receita de janeiro a julho recuou 2,1%. “Queda modesta, pelo menos ao se considerar a severidade do impacto da Covid-19 sobre a mobilidade de fatores de produção e pessoas e seus efeitos danosos sobre a economia e a sociedade”, ressalta Coriolano.
Na média móvel de 12 meses dos prêmios de seguros, ele explica que “a inclusão de julho ainda mostra a marcha de desaceleração das taxas, como previsto. Mesmo com o forte avanço das receitas no mês, em termos antecedentes continua-se a comparar 2020 com um 2019 progressivamente positivo. Então, depois do mergulho para 6,7% anualizados em maio, a taxa caiu um pouco para 6,1% em junho e agora para 4,1% em julho”.
A expectativa agora se volta para o desempenho de agosto. Se repetir o volume de prêmios de julho (R$ 26,6 bilhões), a previsão é que ocorra estabilidade na taxa anualizada, que pode ficar em cerca de 4% em agosto.
Os dados da sinistralidade também são avaliados pelo Presidente Marcio Coriolano nessa edição da Conjuntura CNseg. No ano até julho, se comparado a igual período do ano passado, houve redução da sinistralidade de Danos e Responsabilidades, de 55,1% para 48,7%, em virtude da queda acidentes e roubos no ramo de Automóveis. No ramo Vida, a sinistralidade agravou-se de 26,1% para 27,5%, dado o aumento dos óbitos e situações de invalidez e doenças. Nos Planos de Acumulação VGBL, o viés é retorno à normalidade, visto que a captação líquida está positiva e, em julho, apresentou o melhor resultado desde dezembro de 2016, um montante de R$ 6,7 bilhões, o que significa avanço de 7,4% em relação a julho de 2019.
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